sexta-feira, 17 de julho de 2009

ENERGIA EÓLICA I

Não há dúvida de que a utilização das energias obtidas a partir de os hidrocarbonetos, sempre representou um perigo muito grande para a Natureza e o Homem, devido aos milhões de toneladas de factores poluentes que permanentemente são atirados, em todo o mundo, para a atmosfera, para os campos e para os oceanos, envenenando e desequilibrando perigosamente a nossa Terra Mãe. Mais tarde ou mais cedo, a necessidade suprema de se começar e a inverter o curso das coisas, tinha que chegar e a corrida à utilização de energias alternativas, naturais, renováveis, gratuitas e não poluentes, como única solução capaz , aí está desenvolvendo-se em força em vários países. Como o nosso país não possui um território fortemente acidentado e de grande pluviosidade, de forma a poderem-se construir barragens gigantescas como as de Assuão, no Egipto ou de Cabora Bassa em Moçambique, por exemplo, com uma produção enorme e constante de electricidade, não teve outro caminho senão o de aproveitar a exploração das energias naturais que possui em quantidades razoáveis, como os ventos que sopram em todo o litoral e o Sol que aquece e ilumina sobretudo o interior, como a Beira Baixa, o Alto e Baixo Alentejo. É de louvar, a todos os títulos, a existência nesta província e em pleno funcionamento, da maior Central Solar do Mundo. Só é pena que as fabulosas células foto voltaicas que constituem os painéis solares não sejam fabricadas ao preço dos pregos. Quanto à energia eólica, a maneira como está a ser aproveitada, com utilização de material importado da Dinamarca e até já cá construído sob licença certamente, tem causado grande estupefacção ao inventor do endoscópio de fibras ópticas. Quando começaram a ser montados os primeiros aerogeradores e apareceram artigos e fotografias em jornais e revistas, descrevendo e mostrando as altíssimas estruturas que suportam enormes turbinas e os geradores, confessa que se sentiu bem impressionado, sobretudo pela elegância e aerodinamismo das turbinas, lembrando as hélices dos aviões. Mas também pensou que aquilo não passaria de um luxo, de construções que embora vistosas, mas isoladas e bastante caras. O pior foi, quando por força de fortes interesses, certamente criados à volta dessas construções, o fenómeno começou a alastrar de tal modo, que hoje, uma sementeira, de mais de 2 000 aerogeradores, já está distribuída pelo país., formando grupos de várias unidades a que chamam parques eólicos. E o que tolerava no principio, por considerar quase uma brincadeira, passou depois, a repudiar quase com escárnio, por lhe parecer que é inadmissível que gente responsável continue a manter em tão larga escala, uma tão grande falta de visão no aproveitamento da força dos ventos, por utilizar aquele tipo de estruturas fatalmente de fraco rendimento. Ao considerar que um parque eólico constituído por 64 aerogeradores, tomado como padrão, só produz anualmente, 147MW, que é a energia equivalente ao consumo de 120 000 habitantes, como é o caso do parque instalado nas serras da zona do Pinhal, algures na Beira Baixa e que custou mais de 150 milhões de euros, quantos aerogeradores não vão ser necessários construir em Portugal para colmatar a brecha dos 60% ou 70% de energia estrangeira normalmente importada? Sim, porque os pouco mais de 150 geradores distribuídos pelas nossas Centrais Hidroeléctricas, bem como os cerca de 30 geradores distribuídos pelas Centrais Termoeléctricas não produzem, em anos de normal pluviosidade, mais que 30% ou 40% da electricidade necessária ao consumo do País. Reagindo a esta situação o nosso inventor avançou já com um pequeno mas bem elucidativo trabalho sobre o que pensa que deve ser uma CENTRAL ANEMOTRIZ, nas suas linhas gerais, denominado “PARQUES EÓLICOS ou CENTRAIS ANEMOTRIZES? QUAL A MELHOR SOLUÇÂO? Ilustrado com desenhos e apoiado por conhecimentos por demais conhecidos, a fim de fazer frente aos tão gabados PARQUES EÓLICOS que agora tão ridículos lhe parecem. É sua forte convicção de que não é necessário ser-se engenheiro electrotécnico para notar o disparate que constitui o formato e a dimensão das turbinas utilizadas nos aerogeradores. Não serve de nada aos responsáveis a argumentação de que o casamento da D. Turbina e do Sr. Gerador está bem feito e equilibrado. Que a turbina, na sua rotação, tem a energia perdida por atrito, reduzida ao mínimo. Que, portanto, a força que capta dos ventos é transmitida quase a 100% ao gerador. Que, ao fim e ao cabo, o conjunto funciona muito bem e produz electricidade. A argumentação até está certa, mas o grande problema reside na capacidade da turbina para captar o máximo da força dos ventos, capacidade, que na sua opinião, é muito fraca. E porquê? Simplesmente porque a força dos ventos captada por impacto nas pás da turbina, é directamente proporcional à área total dessas pás. Embora a turbina seja vistosa, elegante e aerodinâmica, a verdade é que só possui três raquíticas pazinhas que, em relação à área do círculo descrito por elas no movimento rotativo, ocupam apenas 5% da área desse círculo. Que quer isto dizer? Quer dizer que, muito simplesmente, 95% da massa dos ventos não é aproveitada porque se perde.
Ver mais fotos e figuras na ENERGIA EOLICA II

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