terça-feira, 16 de junho de 2009

PSICOLOGIA EXPERIMENTAL

No domínio da Psicologia Experimental nunca se sentiu atraído para o estudo, ainda que auto didacticamente, da matéria cursada mos meios universitários, pois cedo lhe começaram a despertar atenção outros conhecimentos para ele mais aliciantes e de horizontes mais abrangentes, por terem muito a ver com o velho problema do Ser e do Destino do Homem. Não obstante encontrar-se já em Sintonia com a Religião e com a Música, não podia deixar escapar algo de fascinante contido nas impropriamente chamadas Ciências Ocultas, nomeadamente a Quirologia e a Astrologia, que por não serem objecto de protecção de cursos oficiais no nosso País, têm sido alvo fácil de indivíduos sem qualquer qualificação e que sem escrúpulos apenas se servem do seu nome para explorarem o próximo. Contudo, entre os poucos praticantes profissionalizados que conheceu, sempre reconheceu e referiu com grande destaque o notável quiro-astrólogo Raul Lapa, amplamente conhecido no país e no estrangeiro por professor “Horus”, infelizmente já falecido e com o qual manteve durante muitos anos um relacionamento bastante amistoso. Como não podia deixar de ser, teve de arranjar tempo para o estudo dessas ciências, valendo-se de excelente literatura que mandou vir da Argentina – Editorial Kier de Buenos Aires.
Aprendeu o mais que lhe foi possível, o suficiente para convencer-se honestamente de verdades defendidas e propagadas por grandes autores, mas acabou por chegar à conclusão que a sua vida não comportava o tempo suficiente para uma aprendizagem de grande vulto.
Por isso, a sua atenção centrou-se sobretudo noutra ciência, muito menos contestada e igualmente aliciante – a Grafologia. Esta ciência amplamente utilizada em todo o Mundo pela policias judiciárias através dos seus peritos grafólogos, tem por objectivo determinar as potencialidades físicas, morais e mentais de uma pessoa através do estudo da sua letra corrente, mormente depois de já ter atingido um elevado grau de automatismo, logo de individualismo. Alves Martins fez muitas palestras sobre Grafologia em várias instituições de Lisboa, algumas extintas, pelas quais era sempre muito solicitado, porque as suas sessões terminavam sempre com uma análise de manuscritos que lhe eram apresentados por muitas pessoas da assistência, previamente avisadas para o efeito, através de comunicados dessas instituições.

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